Não há condições perfeitas, há 100 condições perfeitas.
Refletia sobre isto durante uma volta de bicicleta num fim de semana.
Esta foto não é desse dia, foi-me emprestada por outra pessoa que há algum tempo se desafiou a fazer a Nacional nº2, sendo esta foto o retrato desse percurso.
Saí para andar com chuva e vento, condições que não facilitam de todo o exercício, especialmente o vento, que parece que não nos permite sair do lugar.
Mas lá fui eu, cheguei encharcada e fiz a minha maior volta (sou principiante nestas andanças).
Durante a volta voltei a ter aquele insight de que de facto não há condições perfeitas e passei por outros tantos, a correr e andar de bicicleta, que à semelhança de mim não esperaram por essas condições.
Pensei que talvez para esses, a chuva e o vento até eram as suas condições perfeitas, pelo menos ali, naquele momento, tal como estavam a ser para mim.
Talvez o tenham descoberto ao fazê-lo, talvez o tenham descoberto por terem ido.
Percebi que a chuva e o vento não me impediam de ir, só me alteravam a experiência.
Pensei em tantas outras vezes em que acabamos por ser “traídos” pelas nossas crenças sobre as condições que consideramos terem de estar reunidas para simplesmente ir, para simplesmente fazer.
Quantas vezes não adiamos a vida, os objetivos e os planos pelo medo, pelas barreiras inflexíveis que nós próprios criamos?
Porque não começar a questionar essas barreiras? “Não dá mesmo para andar de bicicleta com chuva e vento?”, “Qual a pior coisa que pode acontecer?”
Não há condições perfeitas, há 100 condições perfeitas. O medo desconstrói-se enfrentando-o. A confiança constrói-se fazendo, experimentando.
Agora a lançar este site, este insight voltou a fazer-me tanto sentido.
Lanço este primeiro post e o site, 100 condições perfeitas, e estou muito entusiasmada com a viagem que daqui decorre.
Obrigada por leres este post.
Vânia Ribeiro